Burnout: entenda tudo sobre a síndrome do esgotamento!

Você já ouviu falar em síndrome de Burnout? Quem é trabalhador com certeza já teve pelo menos uma semana mais estressante em seu ambiente de trabalho, não é verdade? Pois bem, isso é muito comum, principalmente quando trata-se de um dia de trabalho com mais demandas ou uma semana mais turbulenta e cheia. E claro, infelizmente, esse esgotamento também é acompanhado por um cansaço físico, que deixa a situação um pouco mais complexa. 

Mas já pensou em todas as pessoas que passam por isso durante várias semanas, meses e até anos? É angustiante, não é mesmo? Neste caso, a Síndrome de Burnout entra, atingindo muitos colaboradores no ambiente corporativo

A síndrome de Burnout, por sua vez, é propiciada no trabalho, ou seja, esse transtorno tem total relação com o ambiente de trabalho, principalmente, se o local possui pessoas tóxicas, autoritárias, abusivas e tudo que pode estressar qualquer colaborador

Então, para que você entenda melhor sobre a síndrome de Burnout, continue lendo este artigo!

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Síndrome de Burnout

O que é a Síndrome de Burnout? 

Inicialmente, a síndrome de Burnout é um distúrbio emocional ou condição psíquica, que está diretamente relacionada com o excesso de trabalho. No entanto, não é um simples problema, e sim muito complexo, capaz de fazer com que o profissional tenha o seu afastamento ou aposentadoria por invalidez. 

O Ministério da Saúde, inclusive, já se posicionou sobre e relata também que \”essa síndrome pode resultar em estado de depressão profunda e por isso é essencial procurar apoio profissional no surgimento dos primeiros sintomas.”

Mas afinal, quando surgiu essa síndrome? Então, esse distúrbio psíquico foi descrito pela primeira vez em 1974, por Herbert J. Freudenberger. Atualmente, esse transtorno possui muito mais influência na saúde dos profissionais, por isso, é necessário ficar atento aos sinais. 

Quais são os principais sintomas da Síndrome de Burnout?

Inicialmente, a síndrome de burnout é fácil de ser identificada, porém, pode ser confundida com outras doenças, como por exemplo, depressão, ansiedade e estresse. Isso porque, esse distúrbio envolve nervosismo, transtornos psicológicos e até pode acarretar problemas físicos, bem como, dores de cabeça, dores na barriga, e o próprio cansaço. 

Geralmente, no início da síndrome de burnout, o indivíduo não tem vontade de trabalhar, ou melhor, não possui disposição para levantar da sua cama ou sair de casa, no caso, com frequência. 

Para entender melhor, veja só os principais sintomas e sinais da Síndrome de Burnout, segundo o Ministério da Saúde:

  • Cansaço excessivo, físico e mental;
  • Dor de cabeça frequente;
  • Alterações no apetite;
  • Insônia;
  • Dificuldades de concentração;
  • Sentimentos de fracasso e insegurança;
  • Negatividade constante;
  • Sentimentos de derrota e desesperança;
  • Sentimentos de incompetência;
  • Alterações repentinas de humor;
  • Isolamento;
  • Fadiga;
  • Pressão alta;
  • Dores musculares;
  • Problemas gastrointestinais;
  • Alteração nos batimentos cardíacos.

Infelizmente, algumas pessoas podem achar que os sintomas são passageiros, já que começam de forma mais leve. Por isso, é muito importante se atentar aos sinais e ao notar uma constância, procurar um profissional

Síndrome de Burnout x Estresse

Antes de tudo, como já havíamos dito, infelizmente, a síndrome de burnout pode ser facilmente confundida com algumas doenças, mas a principal é o estresse. Isso acontece, pois, infelizmente, o estresse faz parte do processo de Burnout. Neste caso, entraria como uma consequência? Podemos dizer que sim!

Para que você entenda melhor, veja a definição de cada um:

Estresse: muitas pessoas imaginam o estresse como uma doença, mas ao contrário disso, é apenas a resposta do corpo para  esgotamento mental.

Síndrome de Burnout: este distúrbio também não se encaixa em doença crônica, mas ocorre pelo estresse crônico, além de apenas ser diagnosticado em decorrência de situações no ambiente de trabalho. 

Quais são os estágios da Síndrome de Burnout?

Estágio 1:

Esta é a fase da aprovação, onde o profissional necessita mostrar com frequência todas as suas conquistas. Geralmente, essa primeira fase acontece com os melhores profissionais da empresa

Estágio 2:

Nesta fase, o indivíduo não consegue parar de pensar em seu trabalho. Como assim? Normalmente, o profissional que possui esse sintoma, trabalha até mesmo quando o chefe não solicita ou também quer ver tudo sobre o trabalho pós expediente. 

Estágio 3:

Neste cenário, o profissional esquece que existe a sua vida pessoal e se doa para o trabalho, colocando tudo que é importante na sua vida em segundo plano. 

Estágio 4:

Nesta etapa, é quando o colaborador tende a fugir dos conflitos. Isso mesmo! Aqui, algumas situações podem acarretar sintomas físicos, pois o profissional começa a sentir o nervosismo, além de ignorar todas as questões referente ao seu comportamento no ambiente de trabalho

Estágio 5:

Neste caso, os valores são deixados para trás, ou seja, a família e amigos, por exemplo, também são deixados em segundo plano. 

Estágio 6:

A fase da negação é uma das mais complexas, isso porque é o momento em que o profissional já não consegue mais conviver com os colegas de trabalho e acaba tornando-se mais agressivo. Além disso, o mesmo também acredita que é mais competente em relação aos outros colaboradores

Estágio 7:

Agora, a vida social já não faz mais sentido, tornando-se até inexistente. No entanto, o cuidado precisa ser redobrado, pois tudo começa a ser feito no automático. Ademais, muitos profissionais também se entregam às drogas e álcool, com a finalidade de amenizar o estresse. 

Estágio 8:

Aqui, os amigos e familiares começam a perceber com mais clareza as mudanças de comportamento, afinal, cada vez mais a mesma tende a ficar mais nítida. 

Estágio 9:

Infelizmente, nesse estágio, as pessoas esquecem quem elas são de verdade e perdem toda a sua personalidade

Estágio 10:

A sensação de vazio interno não é nada boa, correto? Sim! Isso porque as pessoas também podem ter mais transtornos e compulsões. Mas, infelizmente, é isso que acontece nesta situação. 

Estágio 11:

A depressão, doença que pode ser confundida com a síndrome de burnout, também faz parte desse doloroso processo. Basicamente, é quando o ser humano já não consegue enxergar sentido para a sua vida, desencadeando até mesmo alguns pensamentos ruins, como por exemplo, a ideia de se suicidar. 

Estágio 12:

Por fim, chegamos até aqui, no estágio mais doloroso, a confirmação da Síndrome de Burnout. Aqui, o profissional já está no seu ápice de esgotamento, ou seja, é quando chega a combustão mental. Neste estágio, o colaborador precisa procurar um profissional imediatamente. 

Quais são as causas da Síndrome de Burnout?

Como todo transtorno psicológico ou distúrbio psíquico, a síndrome de burnout também é desencadeada devido alguns fatores externos. Logo, preparamos uma lista de possíveis causas desta síndrome. Vamos lá? Confira!

  • Quando o ambiente de trabalho possui uma cobrança excessiva;
  • Estresse crônico ou acúmulo excessivo de estresse;
  • Demandas sob pressão no local de trabalho;
  • Alto número de demandas no ambiente corporativo;
  • Excesso de responsabilidade no ambiente de trabalho;
  • Trabalho além do horário correto;
  • Muito contato com o público no ambiente de trabalho;
  • Conflitos exagerados com os colegas de trabalho;
  • Falta de descanso e repouso. 

Quais são as consequências da Síndrome de Burnout?

Você conhece alguma pessoa que sempre traz problemas de trabalho para casa? Acreditamos que sim! Isso se encaixa perfeitamente na síndrome de burnout. Infelizmente, este distúrbio não afeta apenas a vida profissional, apesar de tudo começar por ela, mas também afeta diretamente a vida pessoal, como podemos perceber nos sintomas e em todos os estágios. 

Por isso, é muito importante procurar um profissional, com a finalidade de ter um apoio nesta fase dolorosa da vida corporativa, pois as consequências não tem prazo para acabar, a não ser que o profissional tome essa decisão. 

A Síndrome de Burnout está no CID?

Você sabia que, atualmente, a síndrome de burnout já está no CID? Pois é! Está classificado no CID-10 Z73 (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde). Esse distúrbio foi definido como além de influenciar a saúde, mas também está diretamente relacionado com o emprego e o desemprego

A mudança da classificação deste distúrbio, também foi dada para facilitar a parte jurídica em questões trabalhistas, pois além dos benefícios que o CID traz para os casos serem melhor avaliados, o colaborador poderá buscar ajuda da justiça para não continuar sofrendo no seu emprego atual. 

No entanto, apenas a partir de 2022 que a síndrome de burnout ficará conhecida como um fenômeno capaz de influenciar diretamente na saúde dos profissionais. 

Para finalizar, outro fator muito importante é que segundo a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, com o CID, os auxílios e benefícios em relação a esta síndrome cresceram em 114,80%. 

Burnout no home office, e agora? 

Chegamos até aqui e ficou claro que a síndrome de Burnout, resumidamente, é o fato de o trabalhador não conseguir deixar a sua hora de trabalho, não é mesmo? Pois bem, mas todos os profissionais precisam compreender que a hora de descanso também existe e precisa ser utilizada com mais frequência. 

No entanto, em tempos de pandemia, com o isolamento social, muitas empresas adotaram o home office e a separação entre trabalho e casa ficou ainda mais difícil, já que os indivíduos começaram a trabalhar em seu ambiente, que teoricamente, seria para descansar e relaxar. Por isso, infelizmente, a síndrome de burnout cresceu ainda mais nesse período

Contudo, pensando em auxiliar os colaboradores a terem uma vida mais saudável e estável, duas pesquisadoras de Havard separam um artigo com 3 dicas especiais, que são:

  • Primeiramente, manter os limites físicos e sociais;
  • Também, manter os limites temporais
  • Por fim, manter concentração nos trabalhos mais importantes, ou seja, estabelecer prioridades. 

Como tratar a Síndrome de Burnout? 

Segundo o Ministério da Saúde, a síndrome de burnout pode ser tratada com psicoterapia e, em alguns casos, com medicamentos, sendo eles: antidepressivos ou ansiolíticos. 

Em grande maioria dos casos, o tratamento é feito em 3 meses, mas, dependendo do caso, a forma de tratar pode ser um pouco mais intensa. Além disso, o que o profissional pode fazer para ajudar é atividades e exercícios físicos ou de relaxamento, estabelecendo uma rotina. 

E lembre-se, quando os tratamentos não são feitos de forma adequada, a síndrome de burnout pode piorar. Por isso, é importante cuidar da saúde e tratar esse distúrbio. 

Afinal, como prevenir a Síndrome de Burnout?

Você com certeza já ouviu a expressão de que “a prevenção é o melhor remédio”, não é verdade? Então! Com a síndrome de burnout não é diferente e, pensando nisso, separamos algumas dicas para que você possa seguir como método de prevenção a este transtorno. Veja só:

1- Defina os objetivos para a sua vida profissional e pessoal

Quando falamos em objetivos, não necessariamente eles precisam ser grandes, ao contrário disso, você precisa colocar pequenas metas alcançáveis. 

2- Se reúna com seus amigos e familiares

É sempre bom não esquecer dos valores de quem quer o nosso bem e está presente em muitos momentos da nossa vida, por isso, participe de atividades de lazer com os mesmos. 

3- Fuja da sua rotina diária

Pois é! Atividades que fazem você fugir da rotina diária, são ótimas para esquecer os problemas e evitar de fazer tudo no automático, ou seja, quando “cai na rotina”.

4- Evite contato com pessoas tóxicas

Essa tarefa é uma das mais difíceis, pois nem sempre você consegue fugir. Mas sempre que puder, evite, principalmente se acredita em energias negativas. Um bom exemplo é os colegas de trabalho que sempre ficam reclamando sobre tudo no ambiente corporativo. 

5- Tenha alguém de confiança para desabafar

Conversar com alguém sobre tudo que está sentido é ótimo para descarregar pensamentos ruins ou até descarregar um pouco as energias consumidas durante o dia. 

6- Faça exercícios e atividades físicas regulares. 

Isso! Mesmo que você dê uma volta no quarteirão da sua rua. 

7- Fique longe de álcool e drogas

Além de alguns serem ilícitos, há também o fato de que faz mal para a saúde e não serve como válvula de escape, pois o relaxamento pode ser apenas ilusório. 

8- Não se automedique! 

Bom, essa dica é extremamente importante, pois qualquer medicamento errado pode aumentar ainda mais o seu problema. Procure um profissional!

Síndrome de Burnout x Recisão Indireta: qual a relação?

Antecipadamente, é muito difícil relacionar a síndrome de burnout com a rescisão indireta, já que não há nada nas orientações da CLT descrito sobre esta síndrome. 

No entanto, tudo se torna ainda mais complexo quando a maioria dos profissionais que possuem este distúrbio não pedem a sua demissão por situações financeiras. Outros colaboradores até tentam arranjar um motivo para serem demitidos, porém, isso pode dar uma rescisão com justa causa, perdendo todos os benefícios. 

O caso perfeito seria propor uma rescisão indireta, onde o colaborador pede a sua demissão, mas o gestor o demitiu sem justa causa, garantindo todos os direitos trabalhistas. Mas se não está na legislação trabalhista, como conseguir fazer isto? Veja o que pode causar uma rescisão indireta no ambiente de trabalho, segundo ao Artigo 483 da CLT:

Art. 483 Consolidação das Leis do Trabalho – Decreto Lei 5452/43 – O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida indenização quando:

a) forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por lei, contrários aos bons costumes, ou alheios ao contrato;

b) for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com rigor excessivo;

c) correr perigo manifesto de mal considerável;

d) não cumprir o empregador as obrigações do contrato;

e) praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de sua família, ato lesivo da honra e boa fama;

f) o empregador ou seus prepostos ofenderem-no fisicamente, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;

g) o empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar sensivelmente a importância dos salários.

E mais…

Com isso, é importante ressaltar que o funcionário terá que ter um documento comprovando o seu diagnóstico para a síndrome de burnout. Além disso, para a justiça, também é obrigatório provar o que está sendo alegado e só assim o pedido de rescisão será aceito. Afinal, é uma acusação e assim que todas as provas reais e compatíveis estiverem à disposição, é só esperar o TST (Tribunal Superior do Trabalho) fazer a avaliação. 

No caso, se a acusação estiver correta, a empresa terá que pagar todos os direitos trabalhistas para o empregado. 

Mas o que a empresa deve fazer após o diagnóstico positivo?

Na realidade, a principal atitude da empresa é dar todo o apoio e suporte ao colaborador que está passando por esse momento doloroso, principalmente no período de tratamento da síndrome de burnout. Além disso, é muito importante deixar uma ajuda psicológica à disposição e também fazer o pagamento correto mesmo nos dias de afastamento, para que o profissional se sinta acolhido pela organização. 

Contudo, também é válido avaliar se a empresa possui alguma culpa no que aconteceu com o seu funcionário e se a resposta for sim, verificar por qual motivo tudo se desencadeou e planejar mudanças na rotina corporativa, a fim de não repetir a atitude com outros colaboradores. Torne o ambiente de trabalho leve e confortável para o trabalhador!

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